quarta-feira, 7 de março de 2012

Droga para Alzheimer pode render bilhões - via Consulfarma

 Grandes farmacêuticas têm batalhado há anos para desenvolver um medicamento que interrompa o progresso do mal de Alzheimer, uma doença neurológica terrível que começa com perda de memória e inexoravelmente rouba as funções cerebrais do paciente, levando à demência e morte. Conseguir a droga teria um enorme impacto na sociedade e ajudaria a conter o custo da crescente população de pacientes de Alzheimer, estimada em 26 milhões de pessoas em todo o mundo.

Também haveria um impacto enorme sobre a saúde da indústria farmacêutica, que tem suado para substituir o faturamento perdido com a expiração de patentes de alguns dos remédios que mais vendem. Dois compostos, agora em testes clínicos de última etapa, têm o potencial para isso. Há quem ache que um tratamento de sucesso para Alzheimer poderia gerar entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões em faturamento anual.

Resultados desses testes para o solanezumab, desenvolvido pela Eli Lilly & Co., e para o bapineuzumab, desenvolvido pela Pfizer Inc., pela Elan Corp. PLC e pela Johnson & Johnson, devem sair no terceiro trimestre deste ano. Se algum desses compostos funcionar e for aprovado pela agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos, a FDA, pode chegar ao mercado já no ano que vem. "Se essas drogas para Alzheimer forem um sucesso, elas podem se tornar o novo Lípitor", observa Tim Anderson, que cobre a indústria farmacêutica para a firma de análises Bernstein Research. Mas as chances de sucesso não são muito altas. Anderson põe a chance de sucesso para a droga da Eli Lilly em não mais do que 20%, chamando o solanezumab de "loteria" com um possível retorno graúdo. O bapineuzumab tem melhores chances, embora a maioria dos analistas ponha suas chances em menos de 50%.

Outro remédio promissor é o Gammagard, da Baxter International Inc., que mostrou resultados encorajadores num teste de Fase II e está em dois testes separados de Fase III, um dos quais deve ser concluído no ano que vem. E há várias outras drogas em testes de Fase II. Mas o bapineuzumab e o solanezumab são os mais avançados no processo.
A Eli Lilly não tem muito mais além do solanezumab com que contar. As ações do laboratório podem até subir nos próximos meses, com a expectativa de um resultado favorável dos testes.

É importante notar que provavelmente nenhum desses remédios será capaz de curar ou reverter o curso da doença. As farmacêuticas simplesmente esperam que os tratamentos adiem a evolução do Alzheimer. Mas isso já seria uma vitória diante da série de fracassos na busca por um remédio para a doença. Os tratamentos atuais, como o Aricept e o Namenda, combatem alguns sintomas da doença mas não impedem sua evolução.
"O verdadeiro objetivo do solanezumab é desacelerar o declínio", disse Eric Siemers, diretor sênior de medicina da equipe de pesquisas sobre Alzheimer da Eli Lilly, numa teleconferência com investidores patrocinada pela Bernstein em dezembro.

Mesmo assim, um produto aprovado pela FDA que consiga retardar os efeitos da doença tem o potencial de gerar receita anual de bilhões de dólares, diante do desespero dos pacientes de Alzheimer e de suas famílias. A maioria dos pacientes tem mais de 65 anos. O número mundial de pessoas com Alzheimer pode chegar a 100 milhões em 2050. O custo de tratar os pacientes atuais é calculado em US$ 150 bilhões por ano.

A doença, porém, apesar de atingir pessoas no mundo todo, ainda não é totalmente compreendida pelos cientistas, o que complica a formulação de qualquer tratamento. Entre os mistérios que persistem estão a causa do Alzheimer e o que provoca sua disseminação no cérebro e a morte das células nervosas. "É muito diferente da diabetes ou da hipertensão", diz Arnold. "Há um grande debate entre os especialistas sobre como a doença evolui e produz seus sintomas. Você pode ouvir cinco hipóteses diferentes se conversar com acadêmicos e formadores de opinião."

O mal de Alzheimer geralmente é diagnosticado com base em dois testes clínicos, um de cognição e outro de tarefas cotidianas. Os pacientes com Alzheimer perdem em média quatro pontos por ano no teste cognitivo (a escala tem 70 pontos).
Um exemplo da dificuldade de tratar a doença é a declaração dos cien
tistas da Eli Lilly de que ficarão felizes se o remédio deles conseguir reduzir a deterioração em um terço, de seis pontos para quatro pontos nos 18 meses dos testes clínicos da Fase III.

Leia o texto completo neste link: http://bit.ly/ywKoS4

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